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sexta-feira, 1 de junho de 2012


Intestino: a chave de uma vida saudável


Veja porque você deve redobrar a atenção com seu intestino e confira algumas dicas de como aproveitar melhor o que cada alimento pode lhe oferecer



* Por Priscila Di Ciero

Pensar em ganhar massa muscular, perder gordura, melhorar performance esportiva, combater lesões e melhorar a imunidade são os objetivos de quase todos praticantes de atividade física. Mas nem sempre essas pessoas cuidam da chave de todo esse processo: o intestino! Sim, é o órgão que receberá os nutrientes a serem distribuídos para os tecidos de importância ímpar no organismo: fígado, músculos, cérebro, ossos, tendões, etc.


O intestino humano possui 10 vezes mais bactérias e 100 vezes mais material genético do que todo o corpo. A microbiota apresenta um complexo equilíbrio entre microorganismos, que também têm papel na imunidade, e é composta pela interação das:


- BACTÉRIAS PROBIÓTICAS: aquelas com efeitos benéficos ao organismo, de 11 a 13% do conteúdo total presente;


- BACTÉRIAS COMENSAIS: compreendem a maior parte das bactérias, equilibrando ou desequilibrando o intestino. Como vivemos em dinamismo, essas bactérias são eliminadas pelas fezes, tornando a colonização do intestino temporária. Por isso, precisamos estar sempre vigilantes em busca deste equilíbrio;


- BACTÉRIAS PATOGÊNICAS: podem causar doenças agudas ou crônicas quando se proliferam. Suas toxinas lesionam o intestino e são absorvidas pela corrente sanguínea, causando problemas.


As bactérias probióticas são essenciais para manutenção de nossa saúde por quê: sintetizam vitamina do complexo B e vitamina K; participam na síntese de enzimas digestivas (lactose, por exemplo); regulam o trânsito intestinal; auxiliam na limpeza corporal por ajudar a varrer toxinas de medicamentos, hormônios, metais tóxicos e substâncias cancerígenas; produzem anticorpos, substâncias antimicrobianas; participam da produção intestinal de substancias antiinflamatórias.


Vários fatores influenciam a microbiota, como o envelhecimento, o uso de alguns medicamentos, como os antibióticos, e maus hábitos alimentares, que a degradam muito. Tudo isso leva a um estado de disbiose intestinal, em que a microbiota produz efeitos nocivos ao próprio corpo.


Assim como você cuida de sua pele, segue as planilhas de treino, procura repousar para repor energias e se suplementar, passar a ter cuidado constante do intestino se faz necessário. Costumamos trabalhar em consulta nutricional com o programa dos 4Rs, que consiste em:


- REMOVER: muda-se a dieta restringindo consumo de alguns alimentos de acordo com a anamnese do paciente. Restringir laticínios e glúten pode ser necessário dependendo do caso;


- REINOCULAR: repor probióticos e prebióticos (fibras que irão alimentar essas bactérias, propiciando seu crescimento);


- RECOLOCAR: foco nas enzimas digestivas e reequilibrar as concentrações de ácido clorídrico estomacal;


- REPARAR: introdução de uma dieta não irritativa e rica em nutrientes (muitas vezes são utilizados até suplementos feitos em farmácia de manipulação);


Se você quer melhorar sua performance, foque também cuidados com seu intestino e procure um nutricionista esportivo.


Quatro dicas práticas da nutricionista:


- Limite o consumo de café, refrigerantes, frituras e alimentos industrializados. São eles que irritam constantemente a mucosa intestinal;


- Forneça alimentos ricos em FOS – sigla de FRUTOOLIGOSSACARÍDEO – e amido resistente. São estes tipos de fibras que alimentam as bactérias intestinais, produzindo substâncias protetoras através do processo de fermentação. Exemplo: biomassa e farinha de banana verde, cebola, alho, chicória, mel, etc;


- Combata a constipação: o organismo faz uma reabsorção de água (“suja”) e oriundas das fezes acumuladas, intoxicando ainda mais o corpo. Aumente a hidratação, inclua o farelo de arroz, a semente de linhaça/chia e até o óleo de coco, que podem ajudam a melhorar evacuação;


- Melhore sua digestão, e consequentemente, seu processo de absorção de nutrientes: chá de ervas como hortelã, alecrim e sálvia podem ser interessantes quando consumidos antes e/ou após as refeições.




*Nutricionista paulistana formada em 2001 e pós-graduanda em Nutrição Ortomolecular, Priscila Di Ciero é especialista em nutrição esportiva, com cursos de extensão em nutrição funcional, estética e suplementação. É membro do Departamento de Medicina e Nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira. Atualmente, presta consultoria a restaurantes, escolas e empresas, além de atender em consultório e, quando necessário, nas residências dos clientes.Acesse o site: www.prisciladiciero.com.br

MATÉRIA PUBLICADA NO SITE DA REVISTA O2

Um comentário:

  1. Muito legal esse post, com preciosas informações... eu tenho sérios problemas com meu instetino... acho que ele me odeia rs

    Um abraço e sucesso!!

    visite tb www.diariodebordodapri.blogspot.com.br

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