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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sorria com a corrida

Sorria com a corrida


A saúde bucal influencia diretamente no rendimento do atleta. Saiba como cuidar melhor de seus dentes pode te fazer correr mais e melhor

Foto: Ricardo Moreno
Por Fernanda Silva

Você sabe que exagerar no treino, ir além dos seus limites e também se alimentar mal pode prejudicar sua corrida, não é mesmo? Mas você sabia que a saúde bucal também influencia no desempenho nas ruas? Pois é verdade! Os problemas bucais podem comprometer o corredor de diversas formas. Isso vai desde uma dor de dente que poderá desconcentrá-lo nos treinamentos ou no dia da prova, até a um problema mais sério, como uma infecção. Doenças infecciosas diminuem a imunidade e isso irá afetar os treinos e a baixar a resistência.

Além disso, existem os problemas de mordida e encaixe, que são muito relevantes na prática da corrida. “Estudos recentes mostram que problemas no encaixe entre os dentes superiores e inferiores (oclusão) podem influenciar no posicionamento da coluna, quadris e, por fim, nos detalhes da pisada, como a pressão que o atleta exerce nos dedos do pé contra o chão para se impulsionar para a frente”, revela o cirurgião dentista Alexandre Viana Frascino. Os problemas relacionados ao “apertamento” dentário durante à noite - conhecido como bruxismo, também influenciam na performance, pois podem diminuir a qualidade do sono e, consequentemente, o rendimento do atleta. 

Há também os problemas que acometem os próprios dentes e a gengiva e que, desta forma, exigem um cuidado ainda maior do atleta com sua saúde bucal. “Grande parte do volume de ar inspirado durante a atividade física passa pela boca. Isso aumenta o risco de cáries e também de doenças, como o ressecamento das mucosas e a perda dos efeitos protetores que a saliva proporciona ao esmalte dentário e tecidos de suporte dos dentes”, explica Frascino. Os atletas de provas mais longas devem prestar atenção ainda maior, já que, geralmente, tomam muitas bebidas esportivas durante a prática e isso pode acarretar problemas no esmalte dentário. “Uma solução prática seria ingerir um pouco de água após o uso da bebida esportiva e, ao término da corrida, realizar a higiene oral de forma mais completa”, indica.

Cuidados
Prevenção e planejamento são as grandes dicas quando o assunto é cuidado com a saúde bucal. Bons hábitos de higiene e consultas regulares ao dentista são as melhores formas de evitar doenças bucais e desconfortos que poderão prejudicar a preparação e o desempenho. Outro fator importante é com relação aos procedimentos odontológicos e o calendário do atleta. Para que nada fique para o último momento ou na semana da prova, é ideal planejar bem sua consulta ou tratamento, se necessário.

“Ao sinal de alguma dor ou incomodo é muito importante procurar um especialista e avisá-lo também sobre as atividades esportivas para que, caso seja necessário o uso de alguma medicação ou execução de algum procedimento, o atleta não seja comprometido ou até impossibilitado de participar”, finaliza o especialista. 

MATÉRIA DA REVISTA O2

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Maneiras de treinar


Frequência cardíaca, percepção de esforço ou distância percorrida? Conheça mais sobre cada um desses treinos e saiba qual é o melhor para você


Por Fernanda Silva

As maneiras mais comuns de controlar seu ritmo nos treinos e provas são: frequência cardíaca, distância ou velocidade atingida ou ainda pela sensação de esforço. Enquanto a primeira exige um monitor cardíaco comum, na segunda é necessário que o atleta tenha um aparelho com GPS ou, pelo menos, o controle – através de um cronômetro – do tempo que leva para percorrer pequenas distâncias, como num circuito. Na terceira opção, o corredor deve “ouvir” seu corpo, para saber se o ritmo está forte, moderado ou fraco. 

Sensação de esforço
Conseguir sentir o nível de cansaço e esforço feito no treino é algo que parece fácil, mas na verdade não é tão simples assim. Para medir o treinamento desta maneira é preciso ter um pouco mais de experiência no esporte, já que o corredor pode achar que ainda consegue correr num ritmo mais forte ou ir mais longe e acabar “quebrando” ou até se lesionar. Além disso, alguns detalhes podem atrapalhar a sensação. “Para controlar o treino desta forma, é importante que o atleta saiba de que maneira os fatores externos, como a alimentação, horas de sono, calor, entre outros, estão influenciado sua performance e no controle do treino”, indica Miguel Sarkis, diretor técnico da Miguel Sarkis Personal Trainer. 

Dica: este treino depende da experiência que o indivídui tem para pressentir a velocidade possível para determinados percursos e distâncias. Use-o principalmente em treinos leves, como regenerativos.

Frequência cardíaca
Controlar a intensidade da corrida pelos batimentos cardíacos é ideal desde que seja feito previamente os exames necessários para se praticar a atividade. “No caso da frequência cardíaca, ela só terá uma boa validade com um teste ergoespirométrico em dia, com um bom protocolo que forneça os limiares 1 e 2 com qualidade”, explica Diego Lopez, diretor técnico da Trilopez Assessoria Esportiva. Além do uso do um monitor em todos os treinos e provas, para poder ser feita uma comparação de desempenho e uma possível evolução na planilha. 

Dica: usar os relógios frequencímetros e monitores cardíacos é ideal para o iniciante ganhar conhecimento de seus limites e, depois, aliar a percepção de esforço e cansaço no controle das passadas. Todos os treinos são válidos nesta fórmula, desde que o atleta respeite sempre seu limite pré-determinado nos testes e pelo treinador.

Velocidade e distância
Um treino com medição de velocidade e distância é, obviamente, mais preciso. Nesta possibilidade, o corredor consegue seguir o volume de treinamento sem riscos de ir além do que foi planejado. Mas seguir uma planilha e as orientações de um especialista também é importante para quem se controla desta forma. Aqui, treinos como tiros e longos são melhores aproveitados. “Para os tiros, por exemplo, o nível de percepção de velocidade ou intensidade de corrida é muito favorável, pois alerta o atleta de como será seu treinamento no inicio, meio e final”, fala Sarkis.

Dica: qualquer treino pode ser feito com a medição de velocidade e/ou distância. Porém, os que optam por treinar desta forma devem estar sempre atentos aos limites de seu corpo. Quando decidir correr desta forma, respeite sempre sua sensação de cansaço – não ultrapasse seu limite – e, se possível, fique atento também aos seus batimentos cardíacos, caso já tenha feito os exames indicados.

Na hora da corrida, todo controle é bem-vindo. Unir monitoração da frequência cardíaca com a proporção de distância e velocidade atingidas e ainda ficar atento à sensação de cansaço é o ideal. Mantenha seus exames e testes em dia, além de procurar ajuda de um profissional. 


MATÉRIA DA REVISTA O2

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Fuja do estresse fazendo Yoga

 Fuja do estresse fazendo Yoga

Identificamos com facilidade situações de estresse em nosso dia a dia,  embora a definição deestresse não nos seja clara. Sentimos que ele chega quando estamos diante da impossibilidade de nos adequar ao momento presente e surge a necessidade de decidir entre lutar ou fugir da situação.
A decisão tem que ser rápida e pessoal, além de intransferível.        
Milhões de pensamentos pipocam a mente numa fração de segundos, paralisando nosso corpo.
São segundos de ansiedade, medo, insegurança e outros sentimentos que nem havíamos ainda descoberto. O metabolismo fica como uma cidade diante do tsunami: um caos! O sistema nervoso entra em pane e os órgãos fragilizados não funcionam adequadamente, a distribuição de sangue e oxigênio fica comprometida, parece que todos os caminhos se tornam becos sem saída.
O caminho entre a decisão e a ação sempre foi muito longo, íngreme, minado e marcado por sabotagens de todos os tipos. Um verdadeiro campo de batalhas entre sentimentos, preconceitos, aprendizados, conquistas, frustrações, experiências e inexperiências.
Assim como acontece com o estresse o “zen” também não nos oferece uma definição clara e precisa. Sentimos. Apenas sentimos que estamos zens diante de uma situação e a revolução zen absorve nosso organismo e o prepara para o bom combate, minimizando ou mesmo evitando o impacto do estresse. Embora esta batalha nos pareça fruto  da agitada vida contemporânea, ela é tão antiga na historia da humanidade que há milhares de anos surgiu a hatha yoga, justamente com a proposta de  encurtar, aprimorar, harmonizar e manter zen todo o exercito de combatentes disponíveis dento de nós.
Para deixar tudo zen nesta revolução a hatha yoga dispõe de poderosas estratégias também zens (mesmo batendo de frente com o inimigo): nos asanas os movimentos harmoniosos garantem agilidade  e habilidade na ação; as manobras respiratórias dos pranayamas acabam por envolver e beneficiar todos os soldados e órgãos coligados, tornando-os menos vulneráveis aos açoites do colesterol, da triglicéride, hipertensão, diabete, etc.; e a poderosa aliança com ameditação  garante a concentração e a plena atenção no manuseio das rédeas que coordenam o trabalho em conjunto.
Combater o bom combate, usando estratégias zens depende apenas de momentos de dedicação ao conhecimento do corpo e suas reações diante das várias situações da vida. Agora é o tempo certo de olhar com verdade, sem sabotagens, a luz que você é e o arsenal que você tem.
Você é a pessoa certa para fazê-lo. Não deixe para depois.
Mais informações faça contato através do e-mailespacoiriya@yahoo.com.br
MATÉRIA DO SITE WWW.MIDIASPORT.COM.BR

domingo, 11 de dezembro de 2011

Maratona da Antártica

Maratona da Antártica


Continente mais frio do planeta recebe 38 corredores para prova, que contou ainda com percursos de 21 km, 100 km e um especial de 100 milhas (160 km)


Esqueça as multidões de corredores das grandes maratonas e os cenários históricos ou paradisíacos. Na Maratona da Antártica, o pano de fundo é exclusivamente branco e o grupo de corredores não chega nem perto da marca centenária. Na última edição da prova, realizada no dia 7 de dezembro, 38 atletas largaram para a disputa, dos quais 32 encararam os 42 km (23 homens e nove mulheres), cinco disputaram a corrida de 100 km (entre eles, dois que também fizeram a maratona), dois a meia-maratona e um na corrida especial, de 100 milhas (cerca de 160 km).

O vencedor da maratona foi o francês Clement Thevent, com 3h47min07s. Ele, aliás, foi também o mais rápido dos 100 km, com 12h09min06s. Os norte-americanos Alvin Matthews, com 4h38min19s, e Matthew Von Ertfelda, com 4h52min58s, completaram o pódio dos 42 km. Entre as mulheres, vitória da britânica Yvone Brown, com 4h26min10s, que foi seguida pela irlandesa Emer Dooley (4h41min30s) e por sua compatriota Alison Hamlet (4h46min39s). Nas 100 milhas, o irlandês Richard Donovan completou com 24h35min0s e na meia-maratona, vitória do canadense Chad Bruce (2h30min32s).



MATÉRIA  DA REVISTA O2

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

De olhos bem abertos

De olhos bem abertos


A visão também é alvo de lesões. Por isso, olho vivo na hora de cuidar de uma das áreas mais sensíveis do corpo


Não só roupas e tênis bacanas, frequencímetros ou GPSs, muito menos tocadores MP3 te deixam pronto para correr. Fique de olhos abertos com partes sensíveis, como os... olhos! Não dá para bobear: os problemas que mais afetam a visão podem, inclusive, causar danos irreparáveis. Lesões na córnea por corpo estranho (pedra, areia, insetos), inflamação na córnea (ceratite) ou na conjuntiva (conjuntivite) — causada principalmente pelo suor que escorre para dentro dos olhos com protetor solar ou outros produtos químicos —, tudo isso pode ser sério, muito sério.

Até mesmo esbarrões com outros corredores podem ser perigosos. Fernando Pessoa, professor da Race Consultoria Esportiva, explica que, apesar da baixa incidência, o contato com outros atletas em provas ou treinos acontece. “O mais comum são cotoveladas e objetos arremessados (como copos de água).” Sendo um tipo de lesão, segundo José Álvaro Gomes, oftalmologista e chefe do setor de Córnea e Doenças Externas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esse tipo de acidente provoca desde apenas dor e indução da baixa visual — que atrapalham a performance do atleta — até inflamação intraocular.
Mas fugir dos encontrões não tem muito mistério: basta ficar a uma distância segura do competidor à frente e ao lado. “Há relatos de pessoas que pelo simples fato de virarem um pouco para observar algo, projetaram sua mão para o lado e atingiram algum competidor”, explica o professor da Race.

Óculos e lentes
A exposição solar é outro grande problema para os olhos. A luz do sol favorece a formação precoce de catarata e pode até alterar a retina. Por isso, é importante proteger os olhos com óculos escuros — de preferência, esportivos, com proteção dos raios ultravioleta, de acrílico, com curvatura apropriada para proteção à entrada de partículas dispersas no ar. Porém, os critérios para a escolha de um modelo ideal vão além: os óculos devem cobrir as pálpebras e barrar a entrada da luz lateral. Para quem usa óculos de grau, “é importante optar por armações que acomodem lentes escuras sobrepostas às de grau”, garante o professor Fernando Pessoa.

Lentes
Ambientes com baixa umidade relativa do ar, como academias com o ar-condicionado ligado. “Pode acontecer de ficarem impregnadas de partículas em ambientes poluídos, o que facilita a adesão de micro-organismos ou o início de uma reação alérgica.” É totalmente prejudicial. O professor da Race Consultoria Esportiva adverte: “No caso de muita luz solar, cuidado com lentes plásticas, pois elas não possuem o mecanismo que bloqueia a radiação solar”. Triatletas devem evitar o uso das lentes no mar ou mesmo em piscina, já que há micro-organismos e amebas na água. Esses organismos têm facilidade em
aderir nas lentes e causar infecções graves na córnea. “Melhor utilizar óculos de natação com lentes especiais para corrigir ametropias, como miopia, hipermetropia e astigmatismo”, finaliza José Álvaro Gomes.


MATÉRIA DA REVISTA O2

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Não se esqueça dos membros superiores

Não se esqueça dos membros superiores


A parte de cima do corpo também sofre com os impactos da corrida. Saiba como o Pilates pode ser útil para o desenvolvimento desta área e como isso melhora seu desempenho nas ruas


* Por Suely Tambalo

Foco das atenções da maioria dos corredores, e não sem razão, os membros inferiores, de fato, são os que recebem a maior sobrecarga durante a corrida. A correta distribuição das forças e a absorção do impacto sobre pés, pernas e quadris ameniza o impacto recebido pela coluna lombar, minimizando os efeitos do movimento repetitivo.

Mas nesse momento proponho um olhar diferente para outra parte importante, que muitas vezes recebe menos atenção nos treinos e até mesmo durante a corrida: a parte superior do corpo, por se contrapor ao movimento de pernas e quadris, é responsável pela manutenção do equilíbrio, o que, por si só, já é motivo suficiente para sua atenção.

A região dos ombros, braços, pescoço e cabeça formam um conjunto que deve estar não apenas forte e alongado, mas equilibrado e livre de tensões.

A organização escapular (omoplata) é de suma importância, pois o desequilíbrio dos músculos dessa região resulta em encurtamentos que podem levar o tronco à frente, aumentar a cifose torácica acarretando a perda da postura e o aparecimento de dores nos ombros, pescoço e cabeça.

O movimento da escápula tem relação direta com os movimentos do úmero, o que é chamado de ritmo escápuloumeral. Tão importante quanto trabalhar e desenvolver a força dos braços (bíceps, tríceps) é manter equilibrados os músculos estabilizadores das escápulas (rombóides, latíssimo do dorso, subescapular, trapézio, levantador da escápula, serrátil anterior e peitoral menor).

Este trabalho delicado deve ser realizado através de alongamentos e fortalecimento específico, sempre com carga reduzida e sob a vigilância atenta de um professor, já que a possibilidade de ocorrerem movimentos compensatórios nos ombros e pescoço é grande, durante a realização dos exercícios.

Por outro lado, a coluna torácica relaciona-se com a escápula através das costelas, podendo realizar rotações que também regulam o ritmo escapulo umeral e glenoumeral, para ajustar o tronco e a cintura escapular, durante os movimentos. 

É, portanto, de fundamental importância manter a mobilidade da coluna torácica, pois esse conjunto trabalha intrinsecamente ligado, sendo que o desequilíbrio muscular de um componente afetará o outro inevitavelmente.

Ajuda do Pilates
No método Pilates o trabalho dessa região é feito de maneira natural, através de exercícios que restabelecem a mobilidade natural da coluna e trabalham as articulações respeitando sua amplitude adequada. A articulação glenoumeral, de característica móvel, deve ser trabalhada em seu limite adequado, pois é facilmente sujeita a luxação.

Os rolamentos do tronco com ou sem assistência, os movimentos dos membros superiores realizados nos equipamentos, como Cadillac (utilizando as molas) ou na Reformer (utilizando as tiras), oferecem tanto a amplitude quando a resistência adequada para que o ritmo escápuloumeral seja respeitado e, simultaneamente, os braços sejam fortalecidos e alongados.

A perda da mobilidade da região torácica pode acarretar dores tanto nos ombros, na cervical, como também na região lombar. Com a cabeça bem posicionada sobre a cervical, numa postura adequada, tanto a cervical quanto os ombros aliviam e distribuem melhor a tensão, aumentando a disposição e a resistência ao cansaço.

Tudo isso pode ser trabalhado de uma forma eficiente e agradável nos equipamentos de Pilates, naturalmente desenhados para garantir proteção às articulações e preservar os espaços necessários pra que elas trabalhem com amplitude e segurança.

Como se pode ver, devemos sempre ter em mente a integração de todo o corpo, nunca trabalhando apenas movimentos ou grupos musculares isolados, mas mantendo a atenção em cada um de seus segmentos e dando a eles a atenção adequada.

Com certeza, muitas de nossas queixas serão mais facilmente eliminadas se, ao invés de nos concentrarmos somente no local da dor, pudermos olhar o corpo de forma mais integrada, pois uma lesão é sempre consequência de um desequilíbrio que ocorre muitas vezes num local distante de onde a dor se manifesta.

Por isso, o método Pilates é tão eficaz quanto seguro, pois tem como primeiro princípio considerar o homem na sua totalidade, corpo, mente e espírito.

Bons treinos! 

* Suely Tambalo é professora do CGPA Pilates – www.cgpapilates.com.br


MATÉRIA DA REVISTA O2